"As escolas Básicas e Secundárias vão deixar de ter santos ou santas na denominação oficial. A indicação partiu do Ministério da Educação, no âmbito da aplicação do Decreto de Lei n.º 299/2007, da Lei de Bases do Sistema Educativo.
Assim, para redenominar as escolas públicas o Ministério entendeu encarregar da escolha as assembleias de escola, dando entretanto a indicação aos órgãos directivos de que devem ser evitadas alusões religiosas, como nomes de santos ou santas. Esta ordem gerou alguma polémica em agrupamentos do distrito de Braga, com várias pessoas a recusarem o riscar do nome da terra.Ora esta situação vem causar grandes dificuldades, nomeadamente ao nível das antigas escolas primárias, agora escolas Básicas, cujo nome era, por norma, o mesmo da freguesia.Tendo em conta o caso de Lisboa, por exemplo, em que 31 das 53 freguesias têm nomes católicos – como Santa Justa, Santa Engrácia, S. Francisco Xavier ou Nossa Senhora de Fátima – prevê-se que a tarefa não seja nada fácil.Refira-se que mais de trinta por cento das freguesias portuguesas tem nome de santos ou santas.
"ESTÁ EM CAUSA A NOSSA CULTURA"
Para o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) trata-se de “mais um passo numa escalada laicista sem sentido, que já se iniciou há uns tempos”. “A ser verdade essa intenção, estamos perante um caso de inaceitável fundamentalismo”, disse D. Jorge Ortiga, considerando que “está em causa a nossa cultura”. Referindo que não gosta de comentar as situações sem estar devidamente fundamentado, o arcebispo de Braga lamentou, no entanto, que “todos os dias se assista a esta tentativa de cavalgada laicista, contra os valores mais profundos da maioria da população”. Questionado sobre a eventual retirada de todas as figuras religiosas da heráldica nacional, nomeadamente das bandeiras de municípios e freguesias, D. Jorge Ortiga disse não querer acreditar que tal possa acontecer. “Espero que tudo isto não passe do mundo das intenções e que, na hora da verdade, o bom senso prevaleça”, disse.
NÃO ESQUECER QUE:
- 24 freguesias de Lisboa possuem nomes de santos como Santiago ou Santa Maria de Belém. Sete outras, como Anjos, possuem nomes ligados ao Cristianismo.
- É prática nas festas concelhias os autarcas (representantes do Estado laico) integrarem a procissão do santo padroeiro, atrás do pálio.
- Dos 15 feriados celebrados, oito são religiosos. Sete são de expressão nacional. Nos Santos Populares cada concelho celebra um de três santos
Secundino Cunha
Fonte - Correio da Manhã
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Primeiro retiraram os Crucifixos das escolas, agora querem retirar os nomes dos Santos ás Escolas...e a seguir? Tenham cuidado...principalmente se têm nome de algum Santo!!!
Quem sabe serão obrigados a mudar de nome???
Eu tou safa!!!
8 comentários:
Vejo que continuas com os teus protestos pelo bem de todos. Que neste ano de 2008 consigas algumas
conquistas, muitas. Para o bem de todos porque é com os outros que te preocupas.
Um beijo.
Ai!
Eu não tou safa!
Se tiveres razão, a seguir posso estar em maus lençóis! ehehe
Esta gente já não sabe mais que voltas dar... estão sempre a maquiná-las! Temos que nos cuidar!
Boa semanita
bjinhos
Fa
Na verdade parece que deu ao nosso Governo um acesso de loucura.Será que resolveram criar , de raíz, um povo sem História nem Cultura?
Temos todos a obrigação de não nos deixarmos cair nessa !
em termos d nome, tambem estou safa..mas tenho amigos que s calhar nao!!!!:)
decididamente, n sei onde isto vai parar..... mudar o nome das freguesias é ridiculo e alterar nome das escolas idem..afinal s elas tem esse nome por alguma coisa deve ser.... e ha algumas c nomes d santos, k nao sao tao antigas como isso.
efectivamente, en este tema hay mucha ceguera, de acuerdo en que la religión no ha de ser obligatoria, pero eso no significa prohibir la religión, ¿no crees?
:)
amor
Querida Elsa,
Assunto polêmico esse! Vejo que essa é uma situação delicada de ser debatida, mas, como cristão, sinto que nossa cultura ocidental é muito centrada em símbolos cristãos — no caso de Brasil e Portugal, isso significa símbolos católicos. Hoje, com tantas pessoas optando por seguir outras crenças religiosas diferentes da fé cristã, bem como por não seguir crença formal alguma, faz-se necessário a cultura se adaptar a um ambiente de tolerância mais amplo. É muito radical abolir todos os símbolos, porém mais radical ainda é manter apenas os símbolos cristãos tradicionais. O interessante seria a possibilidade de coexistência de todos os símbolos em pé de igualdade. Esse seria o ideal para qualquer nação que visa à tolerância e à liberdade como valor democrático supremo. Uma pena que isso esteja longe da realidade.
Abraços fraternais e um 2008 de muita esperança!
Não dá para acreditar!!!
Será possivel?...
Beijinhos Elsa!
Ao determinar a igualdade dos cidadão perante a lei, a Constituição da República Portuguesa acolhe a versão historicamente adquirida da fórmula clássica do princípio da igualdade: a igualdade no plano do direito («lei» está aqui no sentido de ordem jurídica), proibindo a diferenciação das pessoas em classes jurídicas distintas, com diferentes direitos e deveres, de acordo com o nascimento a posição social, a raça, o sexo e , também , a RELIGIÃO. É uma protecção constitucional! Ainda bem que temos um Estado «laico» e democrático(baseado na soberania popular)onde qualquer religião - considerada como tal - não pode ser afastada em pról das restantes.
Compreendo a situação...mas as escolas públicas também são frequentadas por pessoas com diferentes religiões. Assim, as escolas, ou tinham os simbolos de todas as religiões - o que não me parece prático - ou de nenhuma.
Abraço
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