
"Três anos à espera do cumprimento da lei trazem violência e actos de terrorismo
“Não temos mais em quem confiar!”. É uma frase do tuxaua Jacir Sousa. Depois de 30 anos de lutas, dezenas de vidas ceifadas, casas destruídas, prisões, torturas, sequestros, sofrimento permanente nas serras e campos, tudo parece desmoronar.
Trinta anos de luta pelo direito à terra, acreditando em prazos e promessas, até que, finalmente, a terra foi demarcada, homologada e os invasores receberam ordem de se retirarem, segundo o decreto de homologação do presidente Lula da Silva, Portaria n.º 534, de Abril de 2005. Mas tudo terá sido em vão. Os prazos foram sendo adiados, força e actos terroristas sobrepõem-se ao direito. Parece claro que a invasão de terras é tolerada e até mesmo protegida pelo Estado. Meia dúzia de arrozeiros ricos e audaciosos contam com a conivência das autoridades públicas.
Passaram três anos sobre a assinatura do decreto presidencial de homologação da terra indígena Raposa Serra do Sol (TISRR). Os povos indígenas, agrupados em 194 comunidades, manifestam toda a indignação quanto à forma como vem sendo conduzido o prócesso para a retirada de seis arrozeiros, por parte do governo federal. A lentidão e a omissão permitem sucessivos ataques contra os direitos indígenas, sem a devida punição dos agressores. Crimes como a fabricação de bombas e o uso de um carro-bomba cheio de gasolina e dinamite destinado a fazer explodir o posto da Polícia Federal, em Pacaraima, são verdadeiros atentados contra a segurança nacional, perante a indiferença das autoridades.
Mas as comunidades indígenas do TIRSS não cruzam os braços. Vão intensificar a pressão para fazer valer o decreto presidencial de homologação da terra indígena. A denúncia contra os arrozeiros e o pedido de ajuda à comunidade internacional pela manutenção da área contínua é feita pela advogada Joênia Batista de Carvalho, conhecida como Joénia Wapixana. Índia da etnia wapixana – uma das cinco comunidades que ocupam a Raposa-Serra do Sol –, 34 anos, Joênia é a primeira mulher indígena formada em Direito no Brasil.
As comunidades indígenas estão revoltadas com tudo o que tem ocorrido dentro de sua casa, onde são humilhadas, os bens destruídos e ainda seus membros ameaçados e baleados. Diante das violações dos direitos humanos dos povos indígenas na TIRSS, lançaram a campanha urgente de apoio e solidariedade: “Anna pata Annayan”, que significa “Nossa Terra, Nossa Mãe”. Nela solicitam e exigem que o Supremo Tribunal Federal ratifique e faça cumprir o decreto de Homologação, assinado em Abril de 2005, e determine a retirada dos invasores da Nossa Terra Mãe. Os arrozeiros devem ser impedidos de continuar a enviar jagunços para abrirem fogo contra os indígenas que vivem pacificamente em suas terras. A presença deles na TIRSS é altamente prejudicial. Próduzem arroz sem algum cuidado ambiental, desviam cursos de água, utilizam produtos agrários tóxicos, destroem as matas ciliares. Abatem o património público, como as pontes, lançam bombas caseiras contra os índios. Para que cesse a violência, a intimidação e as sucessivas ameaças, as comunidades da Raposa Serra do Sol exigem que eles abandonem a TIRSS, dando comprimento ao decreto presidencial. Apoiemos as comunidades indígenas! "
Trinta anos de luta pelo direito à terra, acreditando em prazos e promessas, até que, finalmente, a terra foi demarcada, homologada e os invasores receberam ordem de se retirarem, segundo o decreto de homologação do presidente Lula da Silva, Portaria n.º 534, de Abril de 2005. Mas tudo terá sido em vão. Os prazos foram sendo adiados, força e actos terroristas sobrepõem-se ao direito. Parece claro que a invasão de terras é tolerada e até mesmo protegida pelo Estado. Meia dúzia de arrozeiros ricos e audaciosos contam com a conivência das autoridades públicas.
Passaram três anos sobre a assinatura do decreto presidencial de homologação da terra indígena Raposa Serra do Sol (TISRR). Os povos indígenas, agrupados em 194 comunidades, manifestam toda a indignação quanto à forma como vem sendo conduzido o prócesso para a retirada de seis arrozeiros, por parte do governo federal. A lentidão e a omissão permitem sucessivos ataques contra os direitos indígenas, sem a devida punição dos agressores. Crimes como a fabricação de bombas e o uso de um carro-bomba cheio de gasolina e dinamite destinado a fazer explodir o posto da Polícia Federal, em Pacaraima, são verdadeiros atentados contra a segurança nacional, perante a indiferença das autoridades.
Mas as comunidades indígenas do TIRSS não cruzam os braços. Vão intensificar a pressão para fazer valer o decreto presidencial de homologação da terra indígena. A denúncia contra os arrozeiros e o pedido de ajuda à comunidade internacional pela manutenção da área contínua é feita pela advogada Joênia Batista de Carvalho, conhecida como Joénia Wapixana. Índia da etnia wapixana – uma das cinco comunidades que ocupam a Raposa-Serra do Sol –, 34 anos, Joênia é a primeira mulher indígena formada em Direito no Brasil.
As comunidades indígenas estão revoltadas com tudo o que tem ocorrido dentro de sua casa, onde são humilhadas, os bens destruídos e ainda seus membros ameaçados e baleados. Diante das violações dos direitos humanos dos povos indígenas na TIRSS, lançaram a campanha urgente de apoio e solidariedade: “Anna pata Annayan”, que significa “Nossa Terra, Nossa Mãe”. Nela solicitam e exigem que o Supremo Tribunal Federal ratifique e faça cumprir o decreto de Homologação, assinado em Abril de 2005, e determine a retirada dos invasores da Nossa Terra Mãe. Os arrozeiros devem ser impedidos de continuar a enviar jagunços para abrirem fogo contra os indígenas que vivem pacificamente em suas terras. A presença deles na TIRSS é altamente prejudicial. Próduzem arroz sem algum cuidado ambiental, desviam cursos de água, utilizam produtos agrários tóxicos, destroem as matas ciliares. Abatem o património público, como as pontes, lançam bombas caseiras contra os índios. Para que cesse a violência, a intimidação e as sucessivas ameaças, as comunidades da Raposa Serra do Sol exigem que eles abandonem a TIRSS, dando comprimento ao decreto presidencial. Apoiemos as comunidades indígenas! "
Fonte - AKI
**
Tal como vos disse ontem,
é preciso ajudar este povo,
"bora lá"??
Hoje informem-se... e divulguem
amanhã continuaremos!!!
2 comentários:
Apoiar aqueles que mais precisam de nós, é mais do que o nosso dever. Sobretudo por se tratar daqueles que descendem dos antecederam a nossa presença.
Boa semana para ti anja querida.0o0
Enviar um comentário