quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Para pensar...

"..."o meu maior problema, confessou-me ela, " é acreditar que sou feia".

fiquei um pouco surpreendiudo ao ouvir isto de Darlene, pois achava-a atraente, estando ela sempre atenta ao seu aspecto e ao modo como se comportava com os outros.

(...) Darlene cresceu com um pai zangado que lhe dificultou a vida. Nunca sabia o que havia de esperar quando chegava a casa vinda da escola (...) Quando bebia era habitualmente grosseiro e agressivo em relação a ela e á mãe, o que fazia com que Darlene desejasse frequentemente ser invisivel, se pudesse de bom grado teria trocado a vida com outra pessoa qualquer no planeta.

(...) Darlene acabava por hesitar entre esperar que um dia o pai visse como ela era boa e parasse de ser agressivo e, outras vezes desejar estar morta. Nenhuma dessas esperanças lhe permitia sentir-se bem consigo própria. (...)


In - O maior psicólogo de todos os tempos, Jesus e a sabedoria da alma de Dr.Mark W.Baker

=

Poema de uma criança


"O meu nome é ""Sara""
tenho 3 anos
Os meus olhos estão inchados,
Não consigo ver.

Eu devo ser estúpida,
Eu devo ser má,
O que mais poderia pôr
o meu pai em tal estado?


Eu gostaria de ser melhor,
Gostaria de ser menos feia.
Então, talvez a minha mãe
me viesse sempre dar miminhos.


Eu não posso falar,
Eu não posso fazer asneiras,
Senão fico trancada todo o dia.


Quando eu acordo estou sozinha,
A casa está escura,
Os meus pais não estão em casa.


Quando a minha mãe chega,
Eu tento ser amável,
Senão eu talvez levaria
Uma chicotada à noite.


Não faças barulho!
Acabo de ouvir um carro,
O meu pai chega do bar do Carlos.
Ouço-o dizer palavrões.


Ele chama-me.
Eu aperto-me contra o muro.
Tento-me esconder
dos seus olhos demoníacos.

Tenho tanto medo agora,
Começo a chorar.
Ele encontra-me a chorar,
Ele atira-me com palavras más,
Ele diz que a culpa é minha,
que ele sofra no trabalho.

Ele esbofeteia-me e bate-me,
E berra comigo ainda mais,
Eu liberto-me finalmente
e corro até à porta.
Ele já a trancou.

Eu enrolo-me toda em bola,
Ele agarra em mim
e lança-me contra o muro.

Eu caio no chão
com os meus ossos quase partidos,
E o meu dia continua
com horríveis palavras...

"Eu lamento muito!", eu grito
Mas já é tarde de mais
O seu rosto
tornou-se num ódio inimaginável.

O mal e as feridas mais e mais,
"Meu Deus por favor, tenha piedade!
Faz com que isto acabe por favor!"

E finalmente ele pára,
e vai para a porta,
Enquanto eu fico deitada,
Imóvel no chão.

O meu nome é "Sara"
Tenho 3 anos,
Esta noite o meu pai ...
*matou-me*. "

(recebi por mail)




Infelizmente...há rosas negras...

5 comentários:

Anónimo disse...

chocante!
tristeza monumental!
como a maldade triunfa, infelizmente!

Unknown disse...

elsa....fiquei toda arrepiada ao ouvir isto.....
aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
as vezes estas coisas passam-se nas casas dos nossos vizinhos e ate familiares e ninguem s apercebe....o silencio é o principal inimigo

Lusófona disse...

Há muitos pais que matamos próprios filhos....talvez seja a crueldade mais cruel... É horrível!

Beijinhos

p.s. a amiga está a par da petição pelas crianças? tenho um selo lá no meu blog.

Cátia disse...

Ola linda,

Fiquei arrepiada ao ler o poema, é incrivel o que pais fazem as crianças. Mts nao chegam ao ponto de matar, mas magoam muito, de tal forma que nao cicatriza... tanto fisica como psicologicamente.

Que possamos estar atentos... fica aqui um site que recomendo:

http://www.apav.pt/apavj/

Beijos

figlo disse...

Para mim é absolutamente improvável isto ser "dito" por uma criança, mas que é vivido por muitas, disso não tenho a menor dúvida.É isso que doi e tanto mais doi quanto maior for o nosso silêncio perante estas e outras coisas horríveis que podem ser praticadas por homens e mulheres.
De qualquer modo o que me pacifica é ter percebido claramente neste Advento, que Deus não condena os "MAUS" mas os ceus actos.