segunda-feira, 5 de março de 2007

No Cimo da Montanha II


Na Montanha,
É inverno..
Mas o Sol que nela brilha,
Vai-me aquecendo a alma,
Respiro o ar puro
Da Paz,
E descanso
No seu coração,
Fico a ouvir a melodia
Ininterrupta da tua voz,
Que faz eco na montanha
E em mim,
Sinto-me mais próxima
De mim e de Deus!

E fico na Montanha,
Um dia, outro dia,
E quando descer,
Já sei como subir
Quero ir e voltar,
E ver a Montanha
que se ergue
Imponente e majestosa,
Mas...tão simples
quanto eu!

É de lá que escrevo,
Desenho as palavras
Na terra húmida
Que se deixa sulcar
pelos meus dedos,
gravo na terra,
os meus sentimentos,
como um selo, que ali
perdurará no tempo,
neste tempo...
que descubro,
que quanto
mais alto subo,
mais pequenina fico...

elsa sekeira

16 comentários:

Nilson Barcelli disse...

E fico no silencio de mim própria
Fico a arrumar-me por dentro
Para entender os outros por fora


Li algumas coisas e gostei. O destaque é apenas um exemplo da tua belíssima escrita.
Obrigado pela tua visita, pois de outra forma talvez nunca descobrisse este teu bom blogue.
Parabéns.
Beijos.

Cátia disse...

Linda... como me soube bem esta viagem que fiz contigo... soube bem subir, aprender para depois descer... crescemos... aprendemos... conhecemo-nos... É bom percebermos a imensidão... só assim podemos perceber a nossa insignificancia perante tudo aquilo...!

Se subires de novo... chama-me! :D

Beijinhos

Catarino disse...

Muito belo...
De cima da montanha vê-se mais e sentimo-nos mais perto de Deus e, por conseguinte, da paz...
Beijo e boa semana....

Paulo disse...

No cimo da montanha, aos que lá chegarem, há sempre um "arco-íres" da vitória pela tão desgastante caminhada. "A fé transporta montanhas"!!! Mas a fé, só por si não chega, é necessário aquele "chamamento" dia-e-noite: Vem poi aqui!!!!
O caminho para o cimo da montanha está pejado de contrariedades e, por isso, poucos são os que têm o designo maior que é "alcançar" a liberdade total na sua entrega aos labirintos da fé...e da divindade...

PS: Obrigado pelo facto do meu blog - www.filhosdeumdeusmenor.blogspot.com - estar aqui em destaque. Acho que não merecia tanto. Afinal....é um simples "sítio" onde a minha "loucura" teima em continuar...
Beijos
Paulo

david santos disse...

Olá, Elsa!
Mais um belo trabalho. Adorei.
Abraços

Andreia disse...

Bonito!=)

Tens uns poemas bonitos!

Cadinho RoCo disse...

A algumas centenas de metros acima do nível do mar, o vento montanhês dita versos celestiais que alertam sempre para o quanto sou somos menor menores do que por muitas vezes imagino imaginamos.
Cadinho RoCo

Marlene Maravilha disse...

Sabes o que acho? que hoje, tanto quanto o alquimista, conseguiste te superar. Mostras sensibilidade!
beijos

Deepak Gopi disse...

After reaching top of the mountain and looking below is indeed a great experience :)

O Micróbio II disse...

Magnífica conclusão... :-)

Fá menor disse...

Sim,necessitamos subir muitas vezes à montanha, a fim de nos reduzirmos à nossa insignificância.

Só assim podemos ver o quanto somos pequeninos e o quão Grande Ele é!

Farinho disse...

Essa montanha deve de ser linda mesmo, para falar dela com tanto carinho.

Beijocas

Unknown disse...

Ola Elsa, passei para te deixar um doce bjinho e dizer-te que sou uma apaixonada por lagos e montanhas,
bjinho
Papoila Sonhadora,

Isabel disse...

Olá Elsa,

Hoje a Estranha pessoa esta, do blog "Para lá do miocárdio" que vivamente recomendo ( ofereceu-me um presente maravilhoso.

Apeteceu-me oferecer-te um presente a ti porque quando li este poema pensei em ti.

Para ti Elsa:

Uma pequenina luz

Uma pequenina luz bruxuleante
não na distância brilhando no extremo da estrada
aqui no meio de nós e a multidão em volta
une toute petite lumière
just a little light
una picolla... em todas as línguas do mundo
uma pequena luz bruxuleante
brilhando incerta mas brilhando
aqui no meio de nós
entre o bafo quente da multidão
a ventania dos cerros e a brisa dos mares
e o sopro azedo dos que a não vêem
só a adivinham e raivosamente assopram.
Uma pequena luz
que vacila exacta
que bruxuleia firme
que não ilumina apenas brilha.
Chamaram-lhe voz ouviram-na e é muda.
Muda como a exactidão como a firmeza
como a justiça.
Brilhando indeflectível.
Silenciosa não crepita
não consome não custa dinheiro.
Não é ela que custa dinheiro.
Não aquece também os que de frio se juntam.
Não ilumina também os rostos que se curvam.
Apenas brilha bruxuleia ondeia
indefectível próxima dourada.
Tudo é incerto ou falso ou violento: brilha.
Tudo é terror vaidade orgulho teimosia: brilha.
Tudo é pensamento realidade sensação saber: brilha.
Tudo é treva ou claridade contra a mesma treva: brilha.
Desde sempre ou desde nunca para sempre ou não:
brilha.
Uma pequenina luz bruxuleante e muda
como a exactidão como a firmeza
como a justiça.
Apenas como elas.
Mas brilha.
Não na distância. Aqui
no meio de nós.
Brilha

Jorge de Sena

Espero que gostes.
Eu achei bonito que ao ler este poema logo me tivesse lembrado de ti.

Um beijo

Isabel

Anónimo disse...

Olá Elsa:
Citando Paulo Coelho (O Monte 5)
"Do alto da montanha, vemos como o mundo é grande, e os horizontes largos.
Quando estamos no alto, somos capazes de ver tudo pequeno. As nossas glórias e tristezas deixam de ser importantes."
Quero ir e voltar contigo à tua Montanha. Um abraço forte Lia.

Marlene Maravilha disse...

Passei pra deixar um grande beijo e agradecer pela honra do destaque no teu blog no dia de hoje!
Vou anunciar no meu este presente!
beijos querida e que Deus te abençoe!