terça-feira, 11 de outubro de 2011

O Voo da Borboleta...




Viagem pelo quotidiano de uma rapariga a quem foi diagnosticado, aos 14 anos, uma doença neurológica rara e dolorosa (a neurofibromatose), O Voo da Borboleta é também um testemunho de esperança e fé. Obra de Maria João Inocêncio, com a colaboração de Filipa Guimarães e prefácio de Catarina Furtado.
 
O testemunho de quem leu:



"Li-o este fim-de-semana. Para dizer a verdade, li-o em três horas, no sábado. E, no final, pensei: «Todas as pessoas deviam ler este livro.» Mais: este livro devia ser obrigatório, nas escolas, nos liceus. Para que todos, a começar pelos jovens, tivessem noção da sorte que têm por viverem com saúde. Todo o resto... é extra.
A Maria João tem 19 anos e uma doença rara. Mas muito mais rara do que a doença é ela, a Maria João. Uma guerreira rara, de uma coragem rara, de uma perseverança rara, de uma força rara. A Maria João vive com dores excruciantes todos os dias da sua vida. A Medicina definiu a dor que ela tem (dor no trigémeo) como a dor mais insuportável que é possível ter. E, no entanto, ela combate, todos os dias. Ela apanha da vida e levanta-se, ela torna a apanhar e volta a erguer-se. Todos os dias.

A doença dela tirou-lhe a audição, e ela gostava tanto de música. A doença paralisou-lhe a face, impedindo-a de sorrir. Ainda assim, este livro não é um lamento. É um grito de «Vamos a isso!». O que é preciso fazer agora? Ressonâncias? Análises? Operações (a que ela chama voos)? Vamos a isso! Bora lá!

Há uma passagem do livro que me tocou particularmente, que é esta: «Dava tudo, mesmo tudo, para voltar a sorrir, porque durante o tempo em que pude sorrir, não sorri o suficiente».
Por isso, vocês que podem sorrir... sorriam bastante. Vocês que podem ouvir, ponham a música aos berros e cantem e dancem. Vocês que vivem sem dores... aproveitem!
Eu vou lembrar-me desta guerreira para sempre. E podem crer que vou aproveitar cada minuto da minha vida o melhor que posso e sei.
Obrigada, Maria João.
(obrigada Sofia, por me teres aconselhado este belo livro)"

Obrigado Sónia!!

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