Aquele homem tinha provocado nas suas vidas uma transformação sem medida, marcou-os para sempre.Eles deixaram absolutamente tudo o que tinham e os sonhos que ainda não tinham vivido e com este homem encontraram muito mais, não porque no início tivessem o desejo de o seguir (os discípulos é que escolhiam o mestre que queriam seguir… mas com Yeshuah tudo era diferente, foi ele que os escolheu e chamou)Neste seguimento a lógica era outra.Os discípulos e discípulas, os companheiros e companheiras de Yeshuah foram interpelados, desafiados por ele para o seguirem, para o acompanharem no seu anúncio de notícias boas aos encurvados, a todos os anawîm do seu povo, de todos os povos de todos os tempos.
Este homem, cuja presença tão inexplicável e intensamente a todos cativava, que exalava como que um perfume de verdade, liberdade e alegria, foi injustamente condenado à morte, e mataram-no pelo instrumento de tortura romano que era a cruz, como se fosse um criminoso.
Morreu!
Imediatamente, aqueles que o amaram tanto, recordam como foram os últimos momentos passados com ele.Os últimos momentos tê-los-ão vivido com alguma apreensão.Yeshuah ter-se-á desde sempre apercebido, desde que entrou em Jerusalém, como o cerco dos poderosos incomodados se foi apertando à volta dele.Um dos seus companheiros, amigo tão próximo, ter-se-á deixado enredar, talvez ingenuamente, nas tramas deste cerco dos poderosos.
O último importante momento, antes de o prenderem e condenarem, terá sido uma refeição.A refeição, o banquete, a festa à volta da mesa sempre foi o sinal mais forte que Yeshuah encontrou para o anúncio da presença do Reino de Deus.A refeição, o banquete, a festa à volta da mesa, a última de tantas, a lembrar e a assumir em si todas as anteriores… é um dos momentos que será recordado com maior intensidade, depois do mestre amigo irmão lhes ser tirado para ser calado, para ser assassinado.
Foi numa qualquer sala de cima, de uma casa em Jerusalém, poucos dias antes da grande festa da Páscoa judaica.Estavam à mesa, como habitualmente, os seus discípulos e discípulas… os seus companheiros e companheiras, os seus amigos e amigas mais próximos. (que obviamente não seriam só doze como tantas pinturas e esculturas nos mostram)Estavam na mesa, já festiva pela proximidade da Páscoa judaica, uma taça de vinho e um pão.Estariam todos talvez confortavelmente recostados diante da mesa.
Entre os judeus, pronunciar uma bênção sobre o pão e depois reparti-lo por todos, era um gesto importante, simbolizava a comunhão, a união entre todos os que estavam à mesa.Também se pronunciava uma bênção sobre a taça de vinho e, entre os galileus era comum usar para ele uma grande taça que circulava por todos.
Como vemos, Yeshuah não inventou gestos ou rituais meio mágicos para transformar, ou saltar para o pão o seu próprio corpo ali vivo e presente.
“Quem come a minha carne e bebe o meu sangue…”
Esta será uma das frases que, as comunidades discípulas de Yeshuah, encontraram para dizer:
QUEM COME À MINHA MESA…QUEM SE FAZ PARTICIPANTE DO BANQUETE…QUEM SE SENTA E COME DO MESMO PÃO PARTIDO, E DA MESMA TAÇA PARTILHADA…QUEM SE SENTA À MESA POR ESTAR COMPROMETIDO, CONHECENDO E AMANDO A QUEM SE SENTA AO SEU LADO NA REFEIÇÃO…
“… tem a vida eterna”
Comunhão não é comer.
Comunhão é uma profunda união.
Essa união nunca será possível entre mim e um bocado de pão.Essa união é entre mim e o outro que, faz parte de mim,tal como o pedaço de pão que como é do mesmo pão que o outro come perto ou longe de mim, que participa na mesma mesa que eu, que vive no seguimento do mesmo mestre amigo que eu.
Já chega…Já basta continuar a pensar que seremos melhores, ou ganharemos o céu, por comer tanto pão, sem sequer olhar para quem está ao lado, talvez até acotovelando-o, talvez até dando aquele incómodo “Abraço da Paz” que não passa de um beijo falso sem sentido, de um estender a mão sem olhar nos olhos.Que andamos a fazer, afinal de contas?...
Onde estão os companheiros e companheiras do ressuscitado vivo Yeshuah, sentados à mesa…?Sim… SENTADOS À MESA, À VOLTA DA MESASim… MESA, e não um altar, que é um palavrão, coisa de idólatras pagãos.
Que fizemos…… que fazemos nós da MESA do nazareno ressuscitado Yeshuah?..."
Anawîm Yeshuah
Que podem visitar AKI
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