Humm...pão!

Manhã de sol!
Vejo o sol e a natureza da minha secretária, existe lá fora um lago, oiço o coaxar das rãs, vejo pardais que esvoaçam, borboletas que se entrelaçam nas flores...cegonhas que visitam o lago...ás vezes parece que sonho, mas não, tudo isso se estende ante os meus olhos... embora, estar fechada não combina muito comigo, mas tem que ser...no entanto todos os dias há a hora da pausa, hora de ir lá fora, enviar e receber correspondência, aquela de papel, é assim como um ritual, que se repete a cada dia, que faz falta, para que as coisas sigam o seu percurso normal...
E é hora de tomar café...de encontrar amigos e caras conhecidas, comprar pão...mas hoje o pão tinha um cheiro diferente, assim mais profundo...tinha acabado de sair do forno, estava muito quente, nos outros dias também...mas hoje, era diferente... costumo comprar dois...mas, hoje levaria três, aquele cheiro era único!

Entrei de novo nas quatro paredes, mas mais alegre ainda, trazia comigo o pão...mostrei-o e perguntei: “Este pão está uma delicia, quer provar?”... parti dois pedaços, estava de facto quente, comemos...que delícia! Mais dois pedaços...e de dois em dois o pequenino pão chegou ao fim! Mas, aquele momento, tinha sido algo único, parece que tínhamos acabado de nos deleitar com as mais deliciosas iguarias... e ríamos, o pão tinha trazido também alegria...e afinal o pequenino pão...custou apenas 0.20 €!

Reflectimos realmente sobre o valor das coisas...0.20 €, que valor insignificante, e com o qual tínhamos sentido o sabor delicioso do pão, ou da partilha? O calor do pão ou da amizade? A alegria do pão, ou da refeição?
A verdade é que aquele pão era algo insignificante, mas tornou-se em algo
maravilhoso, que nos fez sorrir, que nos alegrou e que nos alimentou!

È assim... são os pequenos nadas que fazem toda a diferença!