"Natal 2006 - Meninos de Darfur e outros sem nome nem ventre"
O drama humanitário do Sudão reaviva em tons de conteporaneidade, o Natal de Jesus, sob o prisma da indiferença e da rejeição.
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De Nazaré a Belém, pelas montanhas da Samaria e da Judeia, passou discreto e aconchegado no ventre materno, um Menino prestes a nascer. Ia com Ele, em cortejo de esperançosa meta, milhões e milhoes de seres humanos nascidos e por nascer, nunca imaginando viver tanta dor e tamanha crueldade.
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Nos meninos de Darfur, em Belém, vão doces olhares de súplica e de apelo humanitário por outros meninos, sem conta, do Sudão, do Uganda, do nepal ou do Tibete, do Sahará, de Tiro, de Sidon, de haifa, de Gaza, de Bagdad, de Islamabad, ou da rua de muitos Brasis, ou do monturo de muitos lixos, ou dos sucontinentes da fome e da guerra...Por eles também, vai Jesus Menino nascer.
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N'Ele, para todos nascido, solta-se o grito da liberdade e o gemido dorido da rejeição de tantos milhões de meninos, que são impedidos de nascer por uma meiga crueldade a que chamam "interrupção voluntária da gravidez". Prenhe de ironia e falsidade, esta arma letal, em posse imoral em clínicas, hospitais e outros que tais, clandestinos oulegais, brinca com as palavras, porque nada interrompe: tudo elimina, de vez, sem hipótese de recomeço!
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Indiferença e rejeição - eis a sina de milhões de crianças vivas, que, por esse mundofora, de Darfur ao norte e sul, acabam por morrer, um dia, um mês, um ano, dois ou três ou mais, depois do parto. E deixam-nos morrer pela mesma razão que as leis abortivas eliminam os que poderiam nascer: indiferença pela vida humana, rejeição do "problema"/criança,a buso prepotente e imoral do que não é seu, no mercado do consumo, do ter e do gozar.
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E os tais meninos em Darfur, como os de Belém de Heródes, ou lá onde quer que chorem, caiem sob armas de fogo, aosufoco da fome, ao peso de um mundo sem amor. Choram.no Raquel, em Ramá. Choram-no todos os que ainda não verteram todas as lágrimas: Voluntários do ACNUR, Médicos sem Fronteiras, Missionários sem medo e restos de uma humanidade que sempre reconhece o Menino, em ossos deitado, em pele envolto, em minúsculo embrião dormindo.
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Que Natal sem menino? Que Mãe sem filho? Que Maria sem Jesus?
Mas, há Natal, porque há menino, porque há Mãe, Porque há JESUS!
e porque há Natal, é da Vida a vitória final!"
3 comentários:
Obrigado, Elsa, por gostares do ser humano e por seres minha amiga.
Até sempre.
Que a paz supere todas as barreiras.
E
Bom Ano 2007.
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